2011-07-06

Comprovativos de Acreditação



A acreditação de uma entidade é sempre específica para um determinado conjunto de actividades, que se encontram listadas num Anexo Técnico.
Tradicionalmente estes Anexos Técnicos são emitidos em formato papel e validados com uma assinatura manual e a aposição do selo branco do IPAC.
Não obstante, a via electrónica tornou‐se o meio preferencial de comunicação, pela sua rapidez e custo, o que incentiva à desmaterialização dos actos administrativos.




O que são os Comprovativos de Acreditação?
São os Anexos Técnicos aos Certificados de Acreditação, em formato electrónico e assinados electronicamente através de uma Assinatura Qualificada. Com a disponibilização desta funcionalidade, o IPAC dá os primeiros passos com vista à desmaterialização dos Anexos Técnicos os quais deixaram de serem emitidos em papel. Contudo, reconhecendo o valor e uso distintivo dado aos Certificados de Acreditação, estes continuarão a ser emitidos em formato papel.

O que permitem os Comprovativos de Acreditação?
O âmbito directamente exposto na página electrónica do IPAC (Directório) é confiável quando visualizado directamente. Contudo, isso não pode ser assegurado por, por exemplo, impressão e envio dessa impressão. Com os Comprovativos de Acreditação, a descrição do âmbito de acreditação passa a ser transmissível mantendo-se a confiança na validade e integridade do mesmo. Para visualizar um Comprovativo de Acreditação precisa de utilizar o Adobe Acrobat Reader.

Como e quem pode aceder aos Comprovativos de Acreditação?
O acesso a cada Comprovativo de Acreditação está restringido à introdução do respectivo Código de Acesso, o qual é comunicado a cada entidade acreditada. Cada Comprovativo de Acreditação tem um Código de Acesso inequívoco, pelo que a cada emissão de novo Anexo Técnico (ou seja Comprovativo de Acreditação) é gerado e comunicado o novo Código de Acesso, sendo automaticamente tornado inválido o anterior. Desta forma, garante-se que apenas o Anexo Técnico em vigor é confirmado, sendo gerada mensagem de erro para códigos inexistentes, obsoletos ou inválidos.

Onde se encontram os códigos dos Comprovativos?
Se solicitado pelo Cliente, o LCM - Laboratório Cimentos Madeira, procederá ao envio do respectivo  anexo técnico em formato electrónico.
O Código de Acesso está indicado no próprio Comprovativo, de forma a permitir que os respectivos receptores possam comprovar a sua validade e actualização no site do IPAC.


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informação disponível em:  www.ipac.pt 

2011-07-02

Dia da Madeira...e do LCM

 01  de JULHO 
     
                                                 
 Dia da MADEIRA                                            ... e do LCM


O Dia da Madeira e das Comunidades Madeirenses, ou simplesmente Dia da Madeira é celebrado a 1 de Julho e comemora a autonomia que Portugal concedeu à Região Autónoma da Madeira na Constituição Portuguesa de 1976.

Uma data histórica para todos os madeirenses e portosantenses  que ao longo de mais de 500 anos de história têm dado provas de coragem, iniciativa e capacidade de realização. 

O dia 1 Julho passa a ser, também para o Grupo Cimentos Madeira, uma data especial, pois ficará marcado como a data em que o IPAC – Instituto Português de Acreditação decidiu conceder a Acreditação ao LCM – Laboratório Cimentos Madeira e, desta forma,  reconhecer formalmente a competência técnica do seu laboratório  para executar actividades de ensaio. 

A Acreditação tem a vantagem de fomentar a qualidade de vida ao assegurar que os produtos e serviços, consumidos e usados, são avaliados por entidades competentes, e portanto cumprem efectivamente os requisitos de qualidade e segurança aplicáveis.

Contribui activamente para um melhor desempenho económico do País incentivando uma cultura de exigência e eliminando barreiras técnicas á exportação, sendo um factor  de racionalização e modernização da Administração Pública quando usada como critério na descentralização para entidades privadas de actividades tradicionalmente efectuadas pelo Estado.

É mais um passo diferenciador perante um mercado de clientes a operar numa área onde, por legislação comunitária ou nacional, é exigida a acreditação como mecanismo de acesso a certas actividades como é o caso da realização de ensaios de identidade de betão ou amostragens regulares de betão fresco para concessão ou manutenção da certificação dos centros de produção.

A Madeira continuará a contar com o nosso empenho e determinação para enfrentar os desafios que forem surgindo!…

2011-06-30

Lavagem de Peneiros



Peneiros com abertura de 0,5 mm ou inferior deverão ser limpos em banho ultra-sónico (ISO2591-1)de modo a não danificar a malha com as escovas de limpeza. O uso de ultra-sons nas operações de manutenção destes equipamentos revela-se muito eficiente, permitindo uma durabilidade maior destes equipamentos e maior eficiência nos ensaios, atendendo a que estes peneiros perdem rapidamente a área efectiva de peneiração por obstrução das malhas.
O LCM disponibiliza este serviço aos utilizadores em geral efectuando a limpeza de peneiros em 24 horas.
informações:  qualidade@cimentosmadeira.com

2011-06-10

Cloretos no Betão Armado


Cloretos no Betão Armado



O betão é um material relativamente recente cujo comportamento do ponto de vista estrutural  se encontra  bem estabelecido. No entanto, no que respeita a durabilidade, um modelo que possa prever com fiabilidade o seu desempenho ao longo dos tempos está ainda longe de ser harmonizado, em parte,  devido ao facto de não ter passado ainda tempo suficiente para que seja possível alcançar um acordo unificador das várias teorias formuladas e, em especial, pela quantidade de variáveis que o seu processo de produção e utilização envolve.

Nos últimos anos tem-se verificado que um grande número de estruturas de betão armado evidencia um desempenho em serviço que fica muito aquém do esperado, com redução muito significativa na sua vida útil em consequência da corrosão das armaduras. Assim, tem-se vindo a constatar que os encargos financeiros afectos aos processos que envolvem a reparação e reabilitação de estruturas devido á sua degradação precoce, são bastante elevados, estimando-se que, na Europa, 50% das verbas destinadas ao sector da construção sejam aplicadas  na reparação de construções deterioradas.

Por esta razão, vem-se dando cada vez mais importância ao estudo dos mecanismos de deterioração do betão e á definição de modelos que permitam estimar, com algum grau de fiabilidade, o período de vida útil das estruturas, com base em análises laboratoriais ou ensaios do betão in situ.
 
Embora existam outros processos possíveis de degradação das estruturas de betão armado e.g. decorrentes de acções físicas e químicas que originam o ataque directo ao betão, a causa mais generalizada de degradação destas estruturas é, sem duvida, a corrosão das armaduras.

Quando inserido num betão de boa qualidade, em que a utilização dos seus componentes foi devidamente ponderada e a sua aplicação foi realizada de forma correcta, o aço encontra-se protegido dos agentes agressivos do meio ambiente, tanto pelo facto de o betão constituir uma barreira física á penetração destes agentes, como pelo facto da solução existente nos poros do betão originar a formação de uma película protectora que impede a ocorrência de corrosão. Esta película passiva forma-se devido á elevada alcalinidade da água existente nos poros do betão, conferida principalmente pela dissolução de hidróxido do cálcio resultante da hidratação do cimento. 

Este mecanismo de protecção perde a sua eficácia quando a película é destruída quer pela diminuição do pH existente nos poros do betão, quer devido a uma concentração de cloretos acima do teor crítico, dando-se início á corrosão do aço.

Esta concentração pode ocorrer devido á exposição do betão a elementos agressivos, tais como os ambientes marítimos, ou devido á utilização, durante o fabrico do betão, de componentes com elevada concentração de cloretos, como é o caso de areias marinhas mal lavadas ou com teor em água do mar significativo.

O LCM, na qualidade de entidade responsável pelo desenvolvimento do produto do Grupo Cimentos Madeira, tem vindo a procurar novas soluções junto das empresas participadas com o objectivo de mitigar os fenómenos de corrosão e, de uma forma generalizada, incrementar a durabilidade das estruturas de betão armado construídas na Madeira com os seus produtos.

Este projecto conduziu a um estudo exaustivo das areias de origem marinha disponíveis no mercado, cujo teor em cloretos determinado se situou entre 0,2% a 0,5 %. 

A introdução deste agregado como fracção fina nos betões, mesmo em pequenas quantidades, cria sérias dificuldades ao produtor em fornecer betões que estarão sujeitos a meios agressivos com risco de corrosão, nomeadamente as classes XS e XD em que a norma aplicável impõe um teor máximo em cloretos de 0,2% para betões com armaduras de aço ou outros metais embebidos e 0,1% para betões com armaduras pré-esforçadas. 

A solução corrente utilizada para ultrapassar este problema, diga-se que muitas vezes sem sucesso, tem sido a utilização de sobredosagens de ligante de modo a ser conseguida uma relação cloretos/cimento enquadrável na norma do produto, o que conduz a um betão com custos de produção elevados.

Como parte interessada neste processo, em parceria com o LCM, a BRIMADE, S.A tem  vindo a procurar uma solução industrial que permita produzir um agregado fino isento de cloretos.

Ao longo do último ano testaram-se várias soluções, sendo que a maior dificuldade foi obter uma areia processada mecanicamente, com uma superfície e forma adequadas que possibilitasse boas condições reológicas no betão.

A solução encontrada, e que só foi possível graças ás características geológicas da formação que aflora  na sua pedreira da Fundoa, foi incorporar no blend de alimentação da britagem uma pequena quantidade controlada de tufo de lapilli, tão característico de regiões vulcânicas como é  a Ilha da Madeira.
Além de conter teor de cloretos desprezíveis, a esfericidade obtida permitiu conceber betões com melhor trabalhabilidade e mais duráveis por via da redução da razão água/ligante.

A estrutura destes betões é menos porosa e consequentemente mais durável, atendendo a que uma significativa quantidade de água que ficava aprisionada sob as partículas alongadas  da areia do mar e.g. bioclastos, deixa de ser necessária na formulação dos betões.

Por seu lado, a BETOMADEIRA, S.A. desenvolveu uma nova gama de betões isenta de cloretos cuja certificação está prevista para o corrente mês, ficando assim disponível no mercado uma solução que permitirá aos  Donos das Obras e Especificadores em geral, projectar estruturas de betão armado mais duráveis a custos inferiores, promovendo, desta forma, a sustentabilidade dos ciclos de construção/reabilitação das estruturas.

2011-06-09

Marcação CE Betuminosos



MARCAÇÃO CE DE MISTURAS BETUMINOSAS

Bmin   Como declarar ?


Na sequência da partilha de experiências com técnicos  responsáveis pela concepção de misturas betuminosas e implementação de Sistema da Qualidade têm surgido muitas questões cuja clarificação está longe de ser conseguida. A inexistência de um guia interpretativo do acervo normativo aplicável conduz, frequentemente, a declarações CE distintas, dificultando a avaliação pelo cliente final e " desacreditando" a nova abordagem adoptada.
Um dos requisitos a declarar e que mais questões tem levantado é o Bmin, percentagem mínima de betume.
A EN 13108-1 estabelece que os requisitos relativos à percentagem de betume devem ser corrigidos multiplicando-os pelo factor a. ( ver 5.3.1.3 EN 13108-1). Ora,é comum declarar o Bmin determinado da seguinte forma: multiplicar a percentagem óptima de betume pelo factor a, obtendo-se assim o Bmin a declarar.
Desta forma, o Bmin declarado ( para misturas com massa volúmica superior a 2.65 ) é sempre inferior ao betume efectivamente doseado. Como se sabe,o betume é doseado em % massa, sendo que para a mesma percentagem, misturas com massa volúmica superior têm um volume de betume incorporado também superior, o que induz em erro o utilizador ao analisar a Ficha Técnica do Produto verifica que o Bmin declarado é inferior.

Assim a forma correcta de declarar o Bmin deverá ser obtida da seguinte forma.

1 - determinação do teor óptimo de betume da formulação ( utilizando o MS2, SP2 ou outro).
2 - detereminação do a.
3 - Determinação do Bmin a declarar : Bmin = (Bformulação x  massa vólumica da mistura) /2.65 ou, Bmin = Bformulação / a

Como se pode avaliar, o Bmin declarado para agregados mais densos é superior, ou seja, estas misturas apresentam um teor volumétrico de betume superior, como é óbvio.
Desta forma, o especificador quando estabelece o Bmin, está a garantir que as misturas terão o mesmo volume mínimo de betume independentemente do tipo de agregado a utilizar.
Deixo como sugestão a leitura de dois documentos que poderão ajudar a clarificar a minha interpretação.

ler documento 1
ler documento 2 

Exemplo de uma forma adequada de declaração